Como lidar com diabetes Gestacional

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Diabetes gestacional é um problema que ocorre durante a gravidez e que se caracteriza pela hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue) que é percebida pela primeira vez durante a gestação. Essa condição atinge cerca de 4% de todas as gestações.

Em geral, a diabetes gestacional se cura logo depois do parto. Porém, se você já teve essa doença, você corre o risco de contrair o diabetes tipo 2.

Dessa maneira, é importante manter o acompanhamento e os cuidados médicos, mesmo depois do nascimento do pequeno.

Veja também: Dieta para Diabetes na Gravidez

Conteúdos
  1. Sintomas de diabetes gestacional
  2. Diagnóstico Diabetes Gestacional
    1. Curva glicêmica
    2. Glicemia em jejum
  3. Causas Diabetes Gestacional
  4. Fatores de risco Diabetes Gestacional

Sintomas de diabetes gestacional

Essa doença raramente mostra sintomas. Dessa maneira, é necessário realizar exames periódicos durante toda a gestação, especialmente, entre as semanas 24 e 28. É essencial fazer os exames, porque o açúcar alto no sangue pode causar problemas para a mãe e para o bebê.

Alguns sintomas dessa condição são: aumento da fome, sede, micção e visão turva. Porém, como a própria gravidez causa esses sintomas, então nem sempre eles significam que você tem diabetes.

Diagnóstico Diabetes Gestacional

Essa condição é em geral diagnosticada entre a 24ª e 28ª semanas de gravidez, que é quando a resistência à insulina geralmente inicia. Se você já teve diabetes durante a gravidez ou tem alto risco para desenvolver essa doença, então deverá fazer os exames antes da 13ª semana de gestação.

Alguns testes podem ser feitos para diagnosticar a diabetes gestacional, como:

Curva glicêmica

valores diabetes gestacional

Esse exame mede a velocidade com que seu corpo absorve a glicose após a ingestão. A paciente ingere 75g de glicose e é feita a medida das quantidades da substância no sangue da gestante em jejum, uma ou duas horas após a ingestão. Os valores de referência são:

Em jejum, abaixo de 92mg/dl

Depois de 1 hora abaixo de 180mg/dl

Após 2 horas abaixo de 153 mg/dl

Qualquer dosagem aleatória de glicemia maior que 200 mg/dl já é diagnosticado de diabetes. Esse é o principal exame para verificar a presença de diabetes na gestação.

Glicemia em jejum

Esse exame mede o nível de açúcar no sangue da grávida, servindo para monitorização do tratamento da diabetes. Os valores de referência ficam entre 65 a 92 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dl).

Os valores entre 92 mg/dl e 100 mg/dl e valores acima de 100 mg/dl são considerados elevados. Sendo que o risco de ter diabetes gestacional nesses casos é muito grande.

Causas Diabetes Gestacional

Não se sabe ao certo porque a diabetes gestacional surge. Em uma pessoa que não está grávida, a diabetes aparece quando o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou pelo fato de este hormônio não ser capaz de agir de forma adequada.

O corpo humano digere o alimento que ele come para produzir açúcar, ou seja, a glicose que entra na corrente sanguínea. A insulina é a responsável pela redução da glicemia ao permitir que o açúcar encontrado no sangue consiga penetrar nas células, para ser usado como fonte de energia.

Então, se a insulina falta, ou não age corretamente, a glicose no sangue vai aumentar e causar o diabetes.

Com isso, a principal causa da diabetes gestacional é o mau funcionamento da insulina.

Durante a gravidez, a placenta que liga o seu bebê para seu suprimento de sangue, produz altos níveis de muitos hormônios. Quase todos eles prejudicam a ação da insulina nas células, aumentando o nível de açúcar no sangue.

Dessa maneira, um aumento modesto de açúcar no sangue depois das refeições é normal durante a gravidez.

A diabetes gestacional costuma aparecer durante a segunda metade da gravidez, por isso, é muito importante ficar de olho.

Fatores de risco Diabetes Gestacional

Qualquer mulher pode desenvolver a diabetes na gestação. Entretanto, algumas mulheres têm mais riscos. Os principais fatores de risco são:

Mulheres com mais de 25 anos, histórico familiar de diabetes, raças negra, asiática, indígena e hispânica, ganho exagerado de peso na gestação, excesso de peso antes da gravidez, aumento do líquido amniótico, tolerância à glicose menor ou glicemia de jejum alterada, gestações anteriores com bebês natimortos inexplicáveis.

Gestações anteriores em que o bebê nasceu com mais de 4 quilos e diabetes gestacional anterior.

 

Luana Araujo Silva

Resindência em Enfermagem Neonatal pela Universidade Estadual de Londrina/PR com amplo campo de atuação: Maternidade de Baixo Risco, Maternidade de Alto Risco, Unidade de Cuidados Intermediários e Intensivos Neonatal,Recepção do Recém nascido termo e pré termo na sala de parto.Segmento ambulatorial do recém nascido pré termoHabilitada para inserção e manutenção de Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP/PICC), com auxilio de ultrassom e Inserção de Cateter Umbilical Arterial e Venoso.Também possui ampla bagagem na áreade aleitamento materno em recém-nascidos a termo e pré-termo.