Gravidez tardia: conheça os desafios e vantagens da gravidez depois dos 40 anos

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Há algumas décadas, era comum ver mulheres se casando e tendo os primeiros filhos antes dos 20 anos de idade. Eram menos casos de mulheres que tinham a chamada gravidez tardia, por volta dos 35-40 anos, quando o corpo começa a dar os primeiros sinais da menopausa. Mas, há algumas décadas, a expectativa de vida era menor e o estilo de vida das pessoas era bem diferente.

Entretanto, o estigma de que mulheres devem se casar e ter filhos cedo porque a gravidez depois dos 40 tem mais chances de não vingar, ainda existe e assombra muitas mulheres nessa idade que adorariam experimentar a maternidade biológica, mas ainda não conseguiram.

O medo de não conseguir chega a atrapalhar as tentativas de uma gestação, seja ela natural ou com auxílio da tecnologia.

Conteúdos
  1. Gravidez depois dos 35 é possível
    1. Fertilização in vitro
    2. Doação de óvulos ou espermatozóides
    3. Barriga de aluguel
  2. A gravidez tardia oferece riscos?
  3. Vantagens da gravidez tardia

Gravidez depois dos 35 é possível

A chamada gravidez tardia, depois dos 40 anos idade, está sendo desconstruída. Hoje em dia os médicos especialistas afirmam que não há qualquer problema em engravidar nessa idade porque, de modo geral, as mulheres ainda estão férteis e com seu sistema reprodutor em perfeitas condições de gerar um bebê.

A prova é estatística. Conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 2,86 milhões de nascimentos registrados no Brasil em 2017, em 35,1% dos casos a mãe tinha 30 anos ou mais de idade.

Vale lembrar que os casos de mulheres com problemas de fertilidade não se resumem à idade, pois ocorrem por outros fatores e em mulheres muito jovens também. Então esse não deve ser um motivo para ter medo de tentar engravidar.

Ainda assim, se for o caso, a medicina oferece atualmente uma série de tratamentos para tentar engravidar e há milhares de casos de sucesso. Alguns exemplos são a fertilização em vitro, o uso de óvulos ou espermatozoides de doadores e, até, as mães de aluguel. Cada opção tem seu valor conforme a situação vivida pela mãe ou pelo casal que deseja engravidar, mas não consegue de forma natural.

Fertilização in vitro

A fertilização in vitro chegou ao Brasil em 1983, quando era conhecida como bebê de proveta. Esse método consiste em coletar os gametas (espermatozoides) do pai para fazer a fecundação em laboratório e, quando ela ocorrer, os embriões são transferidos para o útero da mãe em um procedimento semelhante ao exame papanicolau.

Doação de óvulos ou espermatozóides

Quando o pai ou a mãe não podem ser os provedores do óvulo ou dos gametas, existe a possibilidade da doação. No Brasil existe um banco de óvulos e banco de sêmen para os quais pessoas anônimas podem se voluntariar.

Elas passam por uma seleção para garantir que sua doação será saudável e para entenderem os termos desse procedimento, já que não terão o direito de requerer a parentalidade depois que fizerem a doação. Nesse caso, o método irá ocorrer de forma semelhante à fertilização in vitro.

Barriga de aluguel

A barriga de aluguel é requisitada em casos de casais homoafetivos masculinos que não dispõem do útero para a gestação. O processo ocorre como a fertilização in vitro, usando óvulos doados e o sêmen de um dos pais.

Ocorre também em casos que a mãe não tem condições de gerar o bebê em seu ventre, mas o pai é fértil e eles desejam ter o bebê gerado por outro útero.

A gravidez tardia oferece riscos?

Mesmo sabendo que não há contraindicações para uma gestação tardia quando a mulher está saudável, é preciso falar sobre os riscos.

É verdade que eles existem, pois, por mais que o corpo da mulher esteja fértil, ele está passando por um período de grandes mudanças relacionadas à produção hormonal, o que afeta o organismo como um todo e, em alguns casos, pode interferir na gestação.

Esse é mais um dos principais medos das mulheres quando pensam em gravidez depois dos 40 anos. “E se eu conseguir engravidar, mas perder meu bebê?” Acontece, é fato. Entretanto, existem riscos em qualquer idade.

Se a mulher tiver a orientação constante do seu obstetra, saberá quais são os cuidados extras que deve ter para que a gestação seja levada em segurança até o final. Ainda assim, é essencial estar preparada para tudo, consciente do que pode acontecer e pronta para lidar com a frustração.

Nesse momento, o apoio psicológico é muito importante, pois a mulher terá de lidar com as emoções de se tornar uma mãe de anjo.

Vantagens da gravidez tardia

Muitas mulheres que tiveram seus bebês depois dos 40 anos dizem que foi a melhor decisão ou acontecimento da vida!

Geralmente, nessa idade, a mulher pode até não ter experiência para cuidar de um bebê, caso seja o primeiro, mas sua maturidade emocional e estabilidade financeira influenciam para que ela consiga ser uma mãe mais tranquila e equilibrada, consciente da grande mudança que está acontecendo em sua vida.

Quando a mulher está com mais de 40 anos, já vivenciou muitas experiências em todos os aspectos da vida. Já tem uma carreira e terá melhores condições de priorizar a gestação e o bebê do que àquelas que ainda estão no começo da carreira e ficam inseguras, temendo que a maternidade impeça de continuar seus planos profissionais ou outros planos de vida que, antes, não incluíam uma criança.

Mesmo quando a condição financeira não é das melhores para receber um novo membro na família, a mulher que deseja passar pela fase da gravidez tardia tem mais maturidade emocional para pensar em soluções e lidar com a situação nova que está vivendo. Sabe onde buscar apoio e fica menos ansiosa com o futuro, permitindo que a gestação seja mais tranquila.

Luana Araujo Silva

Resindência em Enfermagem Neonatal pela Universidade Estadual de Londrina/PR com amplo campo de atuação: Maternidade de Baixo Risco, Maternidade de Alto Risco, Unidade de Cuidados Intermediários e Intensivos Neonatal,Recepção do Recém nascido termo e pré termo na sala de parto.Segmento ambulatorial do recém nascido pré termoHabilitada para inserção e manutenção de Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP/PICC), com auxilio de ultrassom e Inserção de Cateter Umbilical Arterial e Venoso.Também possui ampla bagagem na áreade aleitamento materno em recém-nascidos a termo e pré-termo.